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A Audiência Pública a respeito do possível fechamento do ensino integral da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) “Gilda Rocha de Mello e Souza” e do Centro de Educação e Recreação (CER) “Rubens Cruz” foi marcada por críticas à Prefeitura de Araraquara e apelos por reversão da medida.
Os encaminhamentos propostos no encontro são a realização de mobilização política nas regiões afetadas e o levantamento de informações, por meio de Requerimentos, sobre o assunto.
O evento, realizado no Plenário da Câmara na noite desta quarta-feira (19), havia sido solicitado por Maria Paula (PT), Alcindo Sabino (PT), Aluisio Boi (MDB), Fabi Virgílio (PT), Filipa Brunelli (PT), Guilherme Bianco (PCdoB), Marcão da Saúde (MDB) e Paulo Landim (PT).
A Audiência foi presidida por Maria Paula. Compuseram a mesa Lais Olivieiri de Leliz, professora da escola “Gilda”, Tatiana Lariza de Souza, representante de pais e responsáveis de alunos das unidades, Rita de Cássia Ferreira, presidente do Conselho Municipal de Educação, e Arthur Gimenes, da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Também compareceram militantes de partidos políticos e de movimentos sociais, sindicalistas, professores e servidores das escolas e pais de estudantes.
Participantes da Audiência Pública afirmaram que as comunidades afetadas não foram ouvidas sobre o fechamento do ensino integral dos colégios e que não procedem as informações, alegadas pelo Executivo, de baixa demanda.
Rita de Cássia Ferreira, presidente do Conselho Municipal de Educação, pontuou que o órgão deveria ter sido consultado, o que não aconteceu. Segundo ela, os Conselhos de Escola tampouco foram procurados. “Isso mostra muito como a política de educação do Município vem sendo conduzida. A população não foi ouvida”, criticou.
Manifestantes afirmaram que a Zona Norte, onde ficam as duas escolas, vem crescendo, e que a demanda por educação tende a continuar existindo nos próximos anos – a Emef “Gilda” fica no Jardim Indaiá e o CER “Rubens Cruz”, no Jardim Roberto Selmi Dei.
“É triste defender o básico, essa decisão atenta contra o futuro das crianças. Deveriam ser abertas mais escolas e salas, principalmente na Zona Norte”, opinou Kauã Roberto de Farias, ex-aluno das escolas “Gilda” e “Rubens Cruz” e estudante de ciências sociais na Unesp de Araraquara.
“A Zona Norte está crescendo, mas não existe previsão orçamentária para construção de novas escolas”, acrescentou Larissa Perre, servidora municipal.
Na visão de Camila Benjamim Vieira, professora da Emef “Gilda”, a medida prevista pela Prefeitura é simbólica, uma vez que o projeto da escola defende o ensino integral e uma educação guiada por princípios antirracistas. “Ensinamos os alunos a pensar e questionar”, constatou.
Posicionamento da Prefeitura
O assunto foi tema de Sessão Extraordinária no dia 5 de novembro. Na ocasião, o secretário municipal da Educação, Fernando Diana, divulgou informações a respeito das duas escolas – ele havia sido convocado a comparecer ao Legislativo para prestar esclarecimentos.
De acordo com o titular da pasta, o Executivo planeja, para 2026, uma reorganização que envolve as duas unidades. As mudanças afetariam o contraturno escolar da Emef “Gilda” e do CER “Rubens Cruz II”.
No caso da Emef “Gilda”, o contraturno escolar atualmente está sendo desenvolvido em imóvel alugado na Vila Harmonia. Segundo o secretário, o local é uma casa adaptada que tem problemas de acessibilidade e de espaços para a organização da prática pedagógica.
Conforme divulgado na Sessão Extraordinária, a proposta da Prefeitura seria remanejar o contraturno da escola “Gilda” para dois locais: o Centro de Educação (CE) “Aléscio Gonçalves dos Santos”, situado ao lado do Parque do Pinheirinho, e a Escola Municipal de Dança (EMD) “Iracema Nogueira”. Com isso, a casa da Vila Harmonia seria devolvida ao proprietário.
Quanto ao CER “Rubens Cruz”, a ideia do Executivo seria unificar os atendimentos feitos nos CERs I e II em um local só, na unidade I, pois o imóvel da unidade II ocupa um espaço improvisado. As duas unidades ficam em um mesmo complexo, uma ao lado da outra.
Durante a Sessão, o secretário reforçou que nada mudaria no atendimento dos alunos das duas unidades, de modo que os estudantes do CER “Rubens Cruz II” continuariam sendo atendidos no CER “Rubens Cruz I”, enquanto alunos da Emef “Gilda” continuariam participando de atividades em contraturno, mas em local distinto. “O ônibus vai continuar pegando os alunos no mesmo lugar que pegava neste ano e devolvendo no mesmo lugar”, declarou.
Para ver e rever
A Audiência Pública desta quarta (19) teve transmissão ao vivo e pode ser revista no YouTube e no Facebook.
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