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Após a realização do leilão do 5G no Brasil, a 5ª geração de internet móvel, o próximo desafio é a adequação da infraestrutura dos municípios brasileiros para receber a tecnologia. Para debater o tema, os vereadores Guilherme Bianco (PCdoB) e Rafael de Angeli (PSDB) convocaram audiência pública na Câmara Municipal na noite da quinta-feira (2).
Na ocasião, os parlamentares apresentaram o Projeto de Lei Complementar nº 33, que dispõe sobre o procedimento para a instalação da infraestrutura de suporte para estação transmissora de radiocomunicação (ETR), visando a facilitar a implementação da tecnologia 5G na cidade. Bianco destacou que é necessário ampliar o debate, bem como o entendimento da sociedade araraquarense sobre o que significa o impacto da implantação da Internet de 5ª geração. “A revolução que o 5G apresenta no mundo das telecomunicações é absolutamente profunda no que tange ao mercado de trabalho da ciência da informação, à democratização do acesso à Internet, sobretudo na integração campo e cidade, e à modernização da mobilidade urbana e da segurança pública”, argumentou o parlamentar.
A elaboração do projeto é uma tentativa de adequar Araraquara às normas exigidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Dos 5.570 municípios do Brasil, apenas 38 possuem legislações adequadas para receber a tecnologia. Ao analisar a propositura dos parlamentares, a secretária de Desenvolvimento Urbano, Sálua Kairuz, mostrou-se otimista quanto à implantação da tecnologia na cidade. “O próprio plano diretor tem uma sessão específica sobre redes de comunicações, sinalizando o fomento para as novas tecnologias. Nós temos o objetivo de acolher todas as revoluções tecnológicas pelas quais passarmos. Então, eu acredito que é uma matéria que a gente consiga regulamentar”, frisou.
Uma das promessas do 5G é a altíssima velocidade de transmissão de dados. De acordo com José Umberto Sverzut, coordenador da Assessoria Técnica da Anatel na Gerência Regional do Estado de São Paulo, isso se deve à baixa latência. “A latência é um termo técnico que indica o atraso de propagação do sinal ao longo do ar, ao longo da tecnologia sem fio e da radiofrequência”, explicou. Se o atraso é menor, os dados móveis percorrem mais rapidamente, o que torna a Internet mais veloz. Por outro lado, a tecnologia requer um número maior de antenas, quando comparada com o 4G, para a cobertura de sinal na mesma área geográfica. “Nós teremos cerca de cinco vezes mais antenas, porém não serão necessárias as torres de 50 metros fixadas nos centros da cidade, essas antenas estarão nas fachadas dos prédios, nos postes de iluminação pública, nas bancas de revistas e no mobiliário urbano geral”, explicou Luciano Stutz, representante da Associação das Empresas de Torres (Abrintel).
Ainda que a redução do tamanho das torres facilite a implantação da tecnologia, o potencial do 5G apenas será explorado se gargalos na dinâmica de funcionamento da cidade forem resolvidos. “Atualmente, a infraestrutura não chega à periferia. A população que tem menos renda é que fica mais impactada. O desafio é exatamente esse, levar a estrutura aos pontos mais distantes da cidade”, destacou Sérgio Sgobbi, representante da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (BRASSCOM).
Angeli lembrou como a crise sanitária da Covid-19 evidenciou as desigualdades do acesso à informação e à Internet. “A pandemia, ao impor a necessidade de trabalho, educação e qualificação e acesso a serviços essenciais de forma remota, reforçou os efeitos da desigualdade econômica e social existentes entre as regiões centrais e periféricas.”
Nesse sentido, o trabalho para os próximos meses é de integração entre Legislativo, Executivo e também instituições de ensino para garantir o acesso ao 5G em todas as regiões da cidade. “O campus do IFSP é aliado, com os nossos cursos podemos desenvolver projetos para alavancar a tecnologia, inclusive para tornar Araraquara uma cidade inteligente. O 5G será um viabilizador de novas tecnologias e de transformação digital”, finalizou André de Souza de Tatallo, diretor adjunto educacional do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), Campus Araraquara.
A expectativa da Anatel é que todas as capitais brasileiras tenham cobertura 5G até julho de 2022. Já a cobertura de todas as cidades do país é a meta para 2028.
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