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Aberta para visitação desde março deste ano, a nascente do Córrego da Água Branca, no Jardim Cruzeiro do Sul, vem preocupando alguns moradores da região. “Meu gabinete tem recebido uma série de reclamações de sujeira, entulho e mato alto na área da nascente, por isso vim verificar”, conta o vereador Rafael de Angeli (PSDB). Ele visitou o local na última sexta-feira (07), acompanhado pelo diretor de Gestão Ambiental do Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae), Helton Galvão. Logo no início da caminhada pelos arredores do córrego, o vereador e o diretor se deparam com algumas sacolas rasgadas contendo papéis no interior. “Esse tipo de descarte geralmente é feito por catadores de recicláveis independentes. Eles abrem o saco, retiram o que lhes interessa e jogam o resto em áreas como essas”, explica Galvão. Curiosamente, surge um homem nesse momento dizendo que “não tem problema, não, isso aí some tudo na terra, é só chover um pouco”, obviamente ignorando o fato de que o papel é, sim, degradável, porém leva de 3 a 6 meses para se decompor e o plástico, até 400 anos (dados do “Manual de Educação – Consumo Sustentável” – MMA, MEC e IDEC). À pergunta de Galvão: “Isso é seu?”, o homem responde prontamente que “não”, afastando-se rapidamente. “É complicado manter limpo quando a própria população não tem consciência dos problemas ambientais que ações como essas causam”, observa Angeli, apontando um par de sapatos e um travesseiro na trilha para a nascente. “Esses descartes são novos, não têm dois dias”, acredita Galvão. “De fato, considerando outras regiões que tenho visto, não está tão sujo por aqui”, acrescenta Angeli. O diretor explica que foram realizadas quatro limpezas na área este ano, a última em setembro. Já a próxima roçada da área, com retirada de entulhos, está prevista para o final deste ano ou, no máximo, início de janeiro. “Porém, neste período do ano, com as chuvas, é difícil manter o mato sob controle”, adverte Galvão. Os moradores tinham feito uma passagem de pneus, improvisando uma calçada para o Jardim Dumont, que fica do outro lado da área verde em torno da nascente. “Nesta parte fica o problema mais grave de descarte indevido da região, com muito lixo e entulho. Já chegamos a tirar dez caminhões de material daqui”, conta o diretor.
Projetos
De acordo com Galvão, a região interessa muito ao setor de ambiente do Daae, inclusive do ponto de vista educacional, pois é uma das áreas utilizadas para atividades ambientais com estudantes. “As pessoas vêm aqui para comer, tomar banho. É uma nascente modelo, não degradada, apesar do uso, muitas vezes indevido. Além disso, é íntegra, tem fluxo constante, entorno bem preservado e acesso restrito. Este ano, fizemos a limpeza e colocamos as placas informativas. Nossa ideia é fazer um tipo de mirante e instalar guarda-corpos para oferecer mais segurança às crianças. Temos também uma proposta de calçamento e cercamento, que vamos licitar no ano que vem”, adianta. O diretor acrescenta que está discutindo com a Secretaria Municipal de Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública medidas para o monitoramento do descarte indevido em toda a cidade. “É uma pena ver como a falta de consciência ambiental afeta áreas importantes, como esta, mas fico feliz em saber que o Daae está atento à região”, diz Angeli. “Afinal, o ambiente é uma riqueza inestimável que devemos preservar para as próximas gerações, e isso não é diferente em Araraquara.”
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