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Em meio aos sorrisos e aplausos das crianças que lotaram o ginásio do Sesc para a formatura do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) na quarta-feira (16), era impossível para o cabo Santana e a cabo Eliana Xavier disfarçarem a emoção. Afinal, eles estavam colhendo mais uma vez os frutos de anos de dedicação a uma causa na qual se empenham de todo o coração: a sensibilização de crianças quanto aos males causados pelas drogas. “É uma sementinha que plantamos. Esperamos que, daqui para a frente, quando alguém lhes oferecer drogas, eles saibam dizer não”, declarou o cabo Santana.
Tamanho empenho é justificado. De acordo com o Capitão Ricardo Domingos Júnior, Comandante da 1ª Cia de Polícia Militar, “infelizmente, as ocorrências envolvendo crianças aumentam ano após ano e, em 90% dos casos, a ausência da família é claramente observada. É um dado muito triste”. Tendo em vista a complexidade da questão, o Proerd envolve a polícia, a escola e a família no trabalho de prevenção. “Essa informação foi muito importante”, comprovou o mecânico Vagner Antônio de Freitas, pai de Murilo, aluno do Externato Santa Terezinha. “Ele chegava em casa comentando, explicando para a gente coisas sobre álcool e drogas. Foi muito bom para a formação dele.”
Inspirado em um programa criado por uma professora em parceria com o Departamento de Polícia de Los Angeles (EUA) em 1983, o Proerd teve início no Brasil em 1992, com a Polícia Militar do Rio de Janeiro. O Programa ensina técnicas centradas na resistência à pressão dos companheiros para iniciar o uso das drogas. Além disso, busca desenvolver a confiança das crianças nos adultos e nas autoridades, respeito às leis, autoestima, controle de tensões, civilidade, autocontrole, ética e cidadania. Um ponto crucial é a presença de policiais fardados atuando como instrutores nas escolas. “Esse contato com os policiais foi ótimo para os alunos”, confirmou a professora Ireni Bento dos Santos, da Escola Estadual Luisa Rolfsen Petrilli, que completou: “Eu já tinha tocado no assunto com eles, mas não tão a fundo quanto os policiais”.
O evento contou com momentos de descontração, homenagens e informação. O presidente da Câmara Municipal, Elias Chediek (PMDB), lembrou aos presentes a nocividade do uso aparentemente recreativo das drogas. “Quando somos pequenos, aprendemos que, se colocarmos a mão em uma panela quente, nos queimaremos. Já com as drogas é diferente”, comparou. “Naquele momento, a sensação é até prazerosa, mas, aos poucos, aquela substância vai destruir o seu corpo, a sua personalidade e o seu ser.”
Os formandos transbordavam entusiasmo. “Para mim, foi tudo ótimo”, contou Davi Larocca de Freitas, aluno da Escola Estadual Florestano Libutti. “Aprendi muito sobre as drogas e não vou usá-las”, garantiu, para orgulho da mãe que o abraçava sorridente. Já Thayná Bianca Leite Bento, do Colégio Adventista, embora tímida, foi enfática: “Vou lembrar que não devo beber. E se alguém me oferecer drogas, eu falo ‘não’”.
Testemunhos como esses recompensam o trabalho dos instrutores. “É um primeiro passo, mas é muito gratificante”, declarou a cabo Eliana Xavier. “Espero que os pais deem continuidade ao nosso trabalho e os encaminhem para um futuro melhor”, concluiu.
No total, formaram-se 655 crianças do 5º ano das escolas públicas E.E. Florestano Libutti, E.E. Luisa Rolfsen Petrilli, E.M. Henrique Scabello e E.M. Rafael de Medina e das privadas Colégio Adventista, Externato Santa Terezinha, Colégio Interativo e Liceu Monteiro Lobato.
Além do presidente da Câmara Municipal Elias Chediek (PMDB) e do Capitão da PM Ricardo Domingos Júnior, entre as autoridades presentes, estavam o vereador José Carlos Porsani (PSDB), a secretária de Educação Arary Ferreira e o comandante do 13º BPM-I Ziul Martins Rodrigues.
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