1219
A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres, da Câmara Municipal, em parceria com o Conselho Municipal de Direitos das Mulheres, Coletivo Bennu e as Promotoras Legais Populares de Araraquara (PLPs), protocolou o Requerimento nº 470/2022. No documento elaborado em conjunto pela Frente (composta pelas vereadoras Fabi Virgílio, Filipa Brunelli e Thainara Faria e pela vereadora Luna Meyer (PDT), consta uma moção de repúdio ao lançamento da 6ª edição da Caderneta da Gestante, promovido pelo Ministério da Saúde. Em 4 de maio de 2022, o Ministério da Saúde apresentou a 6ª edição da Caderneta da Gestante, que é utilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) e entregue a todas as gestantes do Brasil após iniciarem o pré-natal.
De acordo com as parlamentares, a nova edição fomenta a violência obstétrica e contraria evidências científicas. “O documento vai na contramão da humanização do parto. Nele há a defesa da cesariana, da episiotomia e da amamentação como método contraceptivo”, justificou Thainara.
A episiotomia é um procedimento cirúrgico conhecido como a realização de uma cisão no períneo durante o parto para facilitar a saída do bebê, conhecido popularmente como mutilação genital. Desde 2018, o procedimento é contraindicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Além do mais, no documento há recomendação ao médico para que se utilize a manobra Kristeller, uma técnica utilizada para acelerar o trabalho de parto com empurrões, apertões e pressões na barriga da gestante para forçar a saída do bebê, o que evidência a violência obstétrica, através de práticas inseguras e violentas mencionadas na Caderneta da Gestante”, explicou Filipa
Outra recomendação prevista no documento é que a gestante aproveite o período da amamentação para prevenir gravidez nos primeiros seis meses após o parto. “É uma diretriz bastante duvidosa e sem nenhuma evidência cientifica”, frisou Luna.
A moção de repúdio será apresentada na 65ª Sessão Ordinária, que será realizada na próxima terça-feira (24). “É preciso enfrentar todo tipo de violência contra a mulher, repudiar qualquer ato que viole os direitos das mulheres. As alterações realizadas nessa Caderneta da Gestante ferem os direitos da pessoa gestante, lesando uma pauta de extrema importância e fundamental para a construção de relações justas e igualitárias”, finalizou Fabi.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
As inscrições para o curso gratuito de Construtor de Alvenaria, em parceria com o Senai, foram prorrogadas até o dia 4 de maio, véspera do início das aulas. Para garantir a vaga, os interessados de...
A Secretaria Municipal de Cultura e a Fundart divulgaram um novo edital para o desenvolvimento da “Rede Municipal de Pontos e Pontões de Cultura de Araraquara”, por meio da Política Nacional de Cul...
O vereador Emanoel Sponton (Progressistas) renunciou oficialmente ao cargo de vice-presidente da Câmara Municipal de Araraquara, do qual estava afastado temporariamente desde o dia 7 de abril. A...
Uma Audiência Pública realizada no Plenário da Câmara na noite de quinta-feira (24) reuniu um balanço das políticas de proteção aos animais em Araraquara e sugestões de melhorias no atendimento. In...
Música Em “Feminas no espelho – uma homenagem a Cátia de França”, a banda ReoJuliaDoppio reinterpreta as clássicas canções de Cátia de França, estabelecendo um diálogo com a obra autoral de Julia...
Neste final de semana, Araraquara receberá uma série de eventos esportivos, com a participação de atletas de várias categorias e modalidades. As disputam começam nesta sexta-feira (25), no Giga...
O conteúdo do Portal da Câmara Municipal de Araraquara pode ser traduzido para a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) através da plataforma VLibras.
Clique aqui (ou acesse diretamente no endereço - https://www.vlibras.gov.br/) e utilize a plataforma.