534
A cada três presos no Brasil, um é negro, o que representa 66,7% da população carcerária. Os dados de 2019 são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A fim de refletir sobre o “encarceramento em massa da população negra”, a vice-presidenta da Câmara Municipal de Araraquara, Thainara Faria (PT), propôs a criação do Dia das Liberdades Pretas, aprovado pelos vereadores na Sessão Ordinária de 18 de janeiro e sancionado pelo prefeito Edinho Silva (PT) na manhã da quarta-feira (26), na Prefeitura.
Para Thainara, a sanção da lei é apenas o início de um trabalho que vai reverberar em todo o Brasil. “Porque o problema do encarceramento em massa da juventude preta, do genocídio da população preta, da violência doméstica contra as mulheres pretas é um problema de todos os brasileiros, não só nosso”, afirmou a parlamentar, que pretende apresentar a proposta a outras Câmaras Municipais: “A gente está começando um movimento do interior para todo o Brasil, pautado na luta, na verdade, e não haverá retrocesso”, completou.
A ativista de movimentos sociais e artista Janice Ferreira da Silva, mais conhecida como Preta Ferreira, cuja história motivou o projeto de lei, também acompanhou a sanção. “Quando eu vejo pessoas sendo presas injustamente, eu me vejo ali. Quando vejo uma pessoa preta sem oportunidade, eu me vejo ali também. Então o projeto Liberdades Pretas vem para trazer uma garantia constitucional, mas de uma forma que faça com que essas pessoas entendam que não é favor, é dever”, disse Preta.
Após 108 dias de prisão, Preta Ferreira foi libertada em outubro de 2019, mediante Habeas Corpus (HC) concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Sua história virou livro. “Minha Carne - Diário de uma Prisão" está na segunda edição, com divulgação prevista em diversos presídios brasileiros. “O projeto Liberdades Pretas vem para trazer não somente a liberdade física, mas liberdade mental a todos que tiveram suas oportunidades arrancadas”, completou Preta.
O prefeito Edinho Silva (PT) parabenizou as duas mulheres pela construção da lei. “Preta Ferreira se tornou um símbolo da criminalização dos movimentos sociais e dos preconceitos sofridos pela população negra. E a lei de autoria da vereadora Thainara traz essa reflexão muito importante sobre o combate às injustiças sociais sofridas pelos negros”, afirmou.
Também estiveram na sanção da lei a secretária de Direitos Humanos e Participação Popular, Amanda Vizoná; a coordenadora de Políticas Étnico-Raciais, Alessandra Laurindo; o coordenador de Direitos Humanos, Renato Ribeiro; a coordenadora de Articulação Institucional, Graça Pinoti; e a assessora de Políticas para a Juventude, Steyce Chaves.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Com o objetivo de aumentar arrecadação sem elevar impostos no município, o vereador Coronel Prado (Novo) solicita à Prefeitura, por meio da Indicação nº 5170/2025, a ampliação do uso de painéis pub...
Em Indicação encaminhada à Prefeitura, o vereador Marcelinho (Progressistas) pede providências urgentes para a regularização do abastecimento do medicamento Flavonid 450/50 mg (diosmina 450 mg + he...
Problemas na iluminação e na manutenção dos postes instalados na Área de Lazer “Olivério Bazzani Filho” motivaram o vereador Paulo Landim (PT) a enviar ao Executivo uma Indicação sugerindo reparos...
Em Requerimento enviado recentemente à Prefeitura, o vereador Alcindo Sabino (PT) solicita informações sobre as taxas de poder de polícia sanitária aplicadas pela Vigilância Sanitária. No docum...
Música A banda araraquarense “Blues da Lata” apresenta um repertório que vai desde os grandes nomes do blues, como B.B. King, às releituras de clássicos da música popular brasileira. Nesta sexta-f...
Futebol de base Pelo segundo jogo das semifinais do Campeonato Paulista Sub-15, a Ferroviária enfrenta o Palmeiras na Arena Barueri no sábado (15), às 10 horas. Na primeira partida, na Fonte Lumin...

O conteúdo do Portal da Câmara Municipal de Araraquara pode ser traduzido para a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) através da plataforma VLibras.
Clique aqui (ou acesse diretamente no endereço - https://www.vlibras.gov.br/) e utilize a plataforma.