222
“O que mais me inspira é o fato de eu me olhar como mulher”, afirma Suelen Cristina dos Santos, a Sue. A araraquarense é cantora, compositora e estudante de Filosofia da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), em Minas Gerais. Suas letras são subjetivas e retratam a luta dos negros, principalmente das mulheres, segundo entrevista dada ao programa “Sou Arte” da TV Câmara (canal 17 da Net). Confira o bate-papo com a artista local:
Como e quando você começou no meio artístico?
Comecei em 2014. Sempre cantei na igreja, mas assumi o compromisso na época do cursinho, expondo com varal de poesias no “Batalha na Fonte”.
O que você tem feito ultimamente?
Estou me realizando com a minha banda que chama “Rasante Livre”. Curto muito cantar. Quando estou com o microfone... ‘véio’, é algo que me realiza e me faz Suelen.
Qual é o seu estilo?
Eu tive um ânimo por conta do reggae, mas também sou rastafári e do hip hop que me molda todos os dias. Todo dia eu acordo com uma representatividade de mulher preta na cabeça. Gosto de estar sempre com o pessoal da rua trocando uma ideia.
Qual é sua fonte de inspiração?
O que mais me inspira é o fato de eu me olhar como mulher. Como mulher negra, sempre fui muito sexualizada e senti a necessidade de trabalhar isso em mim. Falo muito, nas minhas composições, sobre como eu gosto do amor, como eu me conheço e sobre identidade. Eu sou subjetividade.
Quais são suas influências?
Influências nacionais, eu curto muito a Tássia Reis, que tem um flow e a melodia que eu admiro. Também tem a Brisa Flow – ela fala sobre maternidade. São 'minas' que me impulsionam, porque não quero ficar no pejorativo jamais. Internacional, Nina Simone, Erykah Badu com seus turbantes...
Faz algo além da música?
Eu estudo Filosofia em Ouro Preto e moro em Mariana, o que encaixou totalmente com meu ‘trampo’ e questões existenciais minhas. É uma cidade com muita arte, cultura e a maior parte da população é negra. Tem muita representatividade mais antiga lá.
Você acha importante o incentivo do poder público para os artistas?
Eu sou mais a favor do ‘trampo’ autônomo. Mas, é claro, precisamos estudar e entender a burocracia para ocuparmos os locais públicos.
O que é preciso para viver de arte?
Para viver de arte, é preciso aceitação das pessoas.
O que você espera para o futuro?
Eu espero sobreviver. É tudo que a gente precisa. Existência, resistência, ‘tá’ com uma alimentação, um teto... Espero que com a minha música eu consiga me identificar e identificar as pessoas, que elas vejam representação e motivação para sobreviver também.
Assista à entrevista em vídeo no canal da TV Câmara no YouTube.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
A importância da gestão correta de resíduos na construção de uma sociedade mais sustentável foi abordada em uma palestra realizada pela Escola do Legislativo (EL) no Plenário da Câmara, na tarde de...
A Prefeitura lançou o edital de Chamada Pública nº 001/2025 do Programa Municipal de Agricultura de Interesse Social (Pmais), que vai adquirir alimentos da agricultura familiar para famílias em sit...
Na terça-feira (8), a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento realizará o recebimento itinerante de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Assentamento Bela Vista do Chibarro, das...
A Sessão Cidadã de julho acontece no dia 31, às 15 horas, no Plenário da Câmara. A iniciativa, prevista nos artigos 185-A a 185-F do Regimento Interno, permite que cidadãos araraquarenses apresente...
O vereador Coronel Prado (Novo) apresentou uma indicação solicitando à Prefeitura a realização de estudos técnicos e a adoção de medidas concretas para a implantação de um espaço público destinado...
A Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira de Araraquara recebeu o Diploma de Honra ao Mérito da Câmara Municipal de Araraquara na noite da sexta-feira (27) na sede de campo da entidade. A h...
O conteúdo do Portal da Câmara Municipal de Araraquara pode ser traduzido para a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) através da plataforma VLibras.
Clique aqui (ou acesse diretamente no endereço - https://www.vlibras.gov.br/) e utilize a plataforma.